TURMA D-29 DE DIREITO DA UNIRON

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Professora Carolina Montai, de Direito Civil, com os acadêmicos de Direito, turma D-29, no primeiro semestre de 2008

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A turma do bem

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Desembargador decide libertar pai e madrasta de Isabella

ANDRÉ CARAMANTE da Folha de S.Paulo da Folha Online

O desembargador Caio Eduardo Canguçu de Almeida, do Tribunal de Justiça de São Paulo, concedeu habeas corpus para Alexandre Alves Nardoni, 29, e Anna Carolina Trotta Peixoto Jatobá, 24, respectivamente pai e madrasta da menina Isabella Nardoni, 5, morta no último dia 29 de março, em São Paulo. Eles são considerados suspeitos do crime pela Polícia Civil e estavam presos desde quinta-feira (3). Essa informação foi confirmada à Folha por um dos advogados do casal, Marco Polo Levorin. O habeas corpus foi concedido em caráter liminar (provisório) e tem aplicação imediata. O mérito da questão ainda será julgado. Nardoni e Jatobá devem ser soltos ainda nesta sexta-feira. Ele está no 77º DP (Santa Cecília) e Jatobá, no 89º DP (Portal do Morumbi). O casal foi preso por força de um mandado de prisão temporária válido por 30 dias (porém prorrogáveis por mais 30 dias) concedido pelo Maurício Fossen, do 2º Tribunal do Júri. No pedido de prisão, a Polícia Civil, corroborada pelo Ministério Público, argumentava que, uma vez solto, o casal retornaria ao apartamento em que o crime ocorreu, prejudicando o acesso dos peritos, e entraria em contato com testemunhas como funcionários do prédio e vizinhos, dificultando o andamento do inquérito. No pedido de habeas corpus, a defesa do casal argumentou que os dois têm endereço fixo, não possuem antecedentes criminais e não oferecem risco às investigações. Testemunha-chave Policiais que não quiseram se identificar afirmaram quarta-feira (9) à Folha que ouviram o depoimento de uma testemunha-chave para a investigação. Seria um conhecido de Cristiane Nardoni, 20, tia de Isabella e irmã do pai dela, Alexandre, que estava com ela no momento do crime, em um bar, em Santana (zona norte de São Paulo). Conforme os policiais, a testemunha deu detalhes do telefonema que Cristiane recebeu antes de deixar, apressada, o bar. Em entrevista, a irmã de Alexandre Nardoni disse que recebeu uma ligação no bar; que não conseguia entender direito o que acontecia; mas que já sabia que tinha ocorrido algo grave com sua sobrinha. Ontem (10), ela negou ter dito algo que pudesse incriminar o irmão, Alexandre. Investigações Desde o crime, há 13 dias, a Polícia Civil ouviu o depoimento de mais de 40 testemunhas e a perícia retornou diversas vezes ao local do crime, o prédio em que o pai de Isabella mora, e aos arredores --as imagens feitas pelo circuito interno de vigilância do prédio da frente, que revelariam o horário em que a família de Isabella chegou ao prédio, são analisadas. O promotor de Justiça Francisco Cembranelli disse sexta-feira passada (4) que depoimentos contradiziam as versões apresentadas por Nardoni e Jatobá para o crime e classificou essas versões como "fantasiosas". O inquérito, atualmente, corre em segredo, por determinação do delegado Calixto Calil Filho, do 9º DP (Carandiru), que preside o procedimento.

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